segunda-feira, 10 de junho de 2019

Endechas a Barabara Escrava

Em                                         D
Aquela cativa Que me tem cativo,
B  B E  E  G   E  E  F#  G  B  B  D
                                                  G
Porque nela vivo Já não quer que viva.
F#   F#      B   B  d   A  A      c     c      B 
                      B7                    C
Eu nunca vi rosa Em suaves molhos,
c    c     A  A   B   F#    F#  A  A   G
                           F                           B7
Que pera meus olhos Fosse mais fermosa.
E      E    G  G    F          A    A     c   c  B

Nem no campo flores,
Nem no céu estrelas
Me parecem belas
Como os meus amores.
Rosto singular,
Olhos sossegados,
Pretos e cansados,
Em
Mas não de matar.

Uma graça viva,
Que neles lhe mora,
Pera ser senhora
De quem é cativa.
Pretos os cabelos,
Onde o povo vão
Perde opinião
Que os louros são belos.
Pretidão de Amor,
Tão doce a figura,
Que a neve lhe jura
Que trocara a cor.
Leda mansidão,
Que o siso acompanha;
Bem parece estranha,
Mas bárbara não.

Presença serena
Que a tormenta amansa;
Nela, enfim, descansa
Toda a minha pena.
Esta é a cativa
Que me tem cativo;
E pois nela vivo,
É força que viva.